Acredito que todo mundo tenha acompanhado a polêmica da última semana em relação à medida provisória baixada pelo governo Temer alterando o currículo do ensino médio. Pois já que todo mundo se acha no direito de fazer sua crítica e dar sua opinião, nada mais justo que eu também dê a minha.
A verdade é que a escola brasileira foi tomada pela ideologia. O governo Dilma chegou ao ponto de afirmar que exigir que os alunos aprendam corretamente a língua portuguesa é discriminação, e que dizer “nós pega os peixe” está correto. Para mim, isto é o mesmo que decretar a falência do futuro do país.
Outras grandes ideias do governo federal anterior foram novas regras como embaixadores desobrigados a falar inglês e, para acessar uma faculdade, bastaria ao aluno não “tirar zero” em redação. Não é de hoje que os alunos passam de ano compulsoriamente independentemente de saber qualquer coisa sobre as matérias do curso, e grande parte deles terminam o segundo grau analfabetos.
Resultado prático: o Brasil, apesar de ser uma das 10 maiores economias do mundo, está em 133º lugar entre 139 países em matemática e ciências, segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial publicado em julho deste ano. Outro levantamento, divulgado no fim do ano passado e feito em 25 cidades brasileiras com 2.632 adultos com mais de 25 anos, mostrou que 75% não sabia fazer média simples e 63% não foi capaz de responder perguntas sobre percentuais.
Aonde vamos parar? É necessário fazer uma verdadeira revolução nos conceitos educacionais do país, e não apenas uma mudança de currículo escolar, caso contrário estaremos fadados a continuar a ser um país em desenvolvimento ad eternum.
E isso vai muito além de decidir quais disciplinas são obrigatórias ou não.