Neste dia 10 de julho a Dana Corporation completa 70 anos de Brasil. Eu tive a felicidade de participar de 16 deles.
Em 1971 apareceu no quadro de anúncios da Escola de Engenharia da UFRGS, onde eu estudava, uma mensagem dizendo que a Albarus estava contratando estagiários de engenharia metalúrgica. Resolvi me inscrever porque achei interessante poder trabalhar em uma fábrica de armas.
É claro que, na primeira visita, descobri que a empresa não fabricava armas e sim, cruzetas.
Fui entrevistado pela Dora e pela Maria Helena, fui contratado e comecei empencando cruzetas e medindo dureza Brinell no setor de tratamentos térmicos. Ali encontrei o maior especialista em tratamentos térmicos com quem tive o prazer de conviver, o Sr. Vivaldo.
“A Dana foi minha grande escola.
Praticamente tudo o que sei aprendi nela.”
Fabio Jacques
Em 1972, a Dana – então associada com a GKN – criou uma equipe de oito pessoas para fazer o desenvolvimento de juntas homocinéticas – até então inexistente no Brasil – e me escolheu para participar deste grupo. Estagiamos meio ano na Alemanha aprendendo o processo de fabricação destas juntas e, dentro deste grupo, fiquei responsável pelo controle de qualidade e pelos tratamentos térmicos. Esta foi a primeira grande oportunidade que me foi oferecida pela empresa.
Em 1980 a Dana me ofereceu nova oportunidade: gerenciar a fábrica de Elastômeros em Gravataí. Este foi o segundo grande presente que ela me proporcionou.
Em Gravataí trabalhei por seis anos completamente livre para experimentar, testar e realizar muitas ideias que tinha na cabeça a respeito de gestão. Foi a minha maior escola.
Fui feliz nesta empreitada. Foi nesta época que a equipe da DEL (Divisão de Elastômeros) mostrou toda a sua capacidade. Quem trabalhou lá naqueles anos deve lembrar momentos altamente produtivos e extremamente participativos. A Elastômeros se tornou um modelo de Divisão tendo sido visitada por todos os funcionários da Dana de Porto Alegre e por executivos das empresas do Grupo de diversos países da América Latina e dos Estados Unidos.
Só tenho a agradecer à Dana a grande escola que me proporcionou, mas como ela é uma entidade impessoal, sou obrigado a agradecer às pessoas que fizeram parte dela durante minha vida profissional, não podendo deixar de lembrar alguns como o Dr. Bohrer, o Hugo Ferreira e o Vitor Pinto Viera Filho.
Não posso esquecer também meus colegas de Juntas Homocinética, Gibrail, Betão, Paulista, Caxias, Biron, Lauer e Limbacher, o Edgar Albarus, o Perlott e meus amigos da Elastômeros, Eduardo de Carvalho (Dudu), Luiz Carlos Mattos (Lulu), Bins, Carmem Piccini, Paulo Rocha (Rochinha), Edgar, Jair (Jajá), Nadir, Arlindo Ardano, Sr. Witt, Helmuth.
Bem, se fosse nomear todos, teria que lançar mão da lista de funcionários no DP da empresa porque o número seria muito grande.
A todos agradeço porque todos muito me ensinaram e me ajudaram a me desenvolver como profissional e como ser humano.
Tenho o maior orgulho de ter participado por alguns anos da história da Dana e guardo com carinho a homenagem que ela me fez por ter feito parte desta sua epopeia.