“Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem eliminei as coisas de crianças”
Paulo, o apóstolo, que viveu entre 5 e 67 depois de Cristo (ou seja, há um bocado de tempo), distinguiu claramente um adulto de uma criança. Quando criança agia como criança e quando adulto agia como adulto. Não falou, mas com certeza, quando jovem agia como jovem.
A idade leva o ser humano, assim como todo ser vivo, a sofrer mutações consideráveis. Isto faz parte das leis da natureza. Todo filhote de sangue quente é brincalhão. Quando jovem se torna imprudente devido à falta de experiência e depois, adulto, tende a ser prudente e conservador em função das experiências vividas. Tudo se resume em mutações hormonais, sendo a maior delas a explosão da puberdade. Todo ser passa por este processo independentemente se nasceu no tempo de Cristo ou nos anos 1950, 1970, 2000 ou em qualquer outra época.
Nos anos 1960, a geração baby boomer, hoje conservadora, preocupada com a estabilidade no emprego e que se preocupa em ser reconhecida pela experiência, entre outros estereótipos, promoveu uma revolução cultural e de costumes jamais igualada até os dias atuais.
Costumes, cultura geral, música que continua atualizada até hoje, liberdades individuais como a libertação da mulher em função da invenção da pílula anticoncepcional, tecnologia da informação, descoberta da dupla hélice do DNA e uma infinidade de outras evoluções e conquistas são frutos desta geração. Esta geração criou o cartão de crédito, a televisão em cores, o plástico bolha, o ultrassom para fins clínicos, os aparelhos de micro-ondas para aquecimento de alimentos, o chip sucessor do transistor da geração anterior e até mesmo os refrigerantes diet.
Se formos atrás do que dizem os estratificadores de gerações, os revolucionários dos anos 1950 ou 1960 são velhos conservadores que conflitam com o espírito voluntarioso e arrojado das gerações posteriores. Eles foram muito mais arrojados ainda que não dispusessem das facilidades disponibilizadas pela tecnologia da informação como hoje está ao alcance de qualquer pessoa e que se desenvolveu em sua geração.
Eram melhores que as pessoas das gerações x, y ou z? Absolutamente não. Apenas eram os jovens da época e agora são os adultos ou até mesmo idosos. A idade os modificou assim como fatalmente modificará os jovens de hoje e de todos os anos futuros.
As crianças de hoje serão os adultos de amanhã e os velhos de depois de amanhã. É a lei da natureza. Os adultos de qualquer época podem se diferenciar fisicamente dos mais jovens, porém não obrigatoriamente emocional ou intelectualmente. Há muito adulto com a mente mais jovem do que muito jovem. Mas isto não é nem bom e nem ruim. Cada pessoa tem suas características próprias. Faz parte da maravilha que é a vida.
Tirando fora a denominação baby boomer que caracteriza por outros motivos os gerados logo após a segunda guerra mundial, a classificação das gerações pode se manter estática. Sempre será verdadeira porque as pessoas vão passando através delas. Quem hoje é z amanhã será x.
O resto são apenas falácias para impressionar sem qualquer fundamento que não seja biológico secundado pelo avanço da tecnologia.