Um dos conceitos fundamentais do nosso modelo de Gestão Através de Ideias Atratoras é o de sistema complexo. Ele diz:
“Qualquer sistema submetido à influência de três ou mais variáveis deixa de ser linear e sofre alterações significativas no seu comportamento. Neles, a análise cartesiana e, portanto, as relações entre causa e efeito deixam de existir.
É por isto que uma empresa é uma entidade imersa num universo de variáveis que a tornam extremamente complexa e completamente imprevisível. E o mesmo acontece em cada uma de as suas partes.
Uma máquina também é um sistema complexo porque as variáveis que sobre ela atuam são incontáveis. Variáveis provenientes da matéria prima, do operador, das ferramentas, do tempo ou dela própria fazem com que os resultados de sua operação sofram variações sistemáticas, algumas inerentes do próprio processo, de menor reflexo, e outras provenientes dos agentes externos, mais significativas.
O Controle Estatístico de Processos
Em 1924, o físico, engenheiro e estatístico Walter Andrew Shewhart apresentou o fruto de seus estudos: as Cartas de Controle Estatístico de Processo.
Suas Cartas de Controle tornam possível o monitoramento de um sistema complexo como uma operação produtiva, através da análise de algumas poucas amostras, simplesmente observando dois parâmetros estatísticos: a média ou a mediana e o desvio padrão ou a dispersão de alguma variável preponderante.
As Cartas de Controle são ferramentas de uso extremamente simples, podendo-se treinar um operador para sua correta utilização em poucas horas. Basta aprender a operacionalizar e manter a atenção às informações que a própria carta fornece.
Case real
Em uma empresa especializada em cerâmica e porcelana de mesa, fizemos uma implantação das Cartas de Controle em todas as máquinas com resultados, em alguns casos, impressionantes.
Todo o treinamento se resumiu a duas reuniões com dois responsáveis pelo controle de qualidade os quais, após entenderem perfeitamente o mecanismo do uso das Cartas de Controle, disseminaram em toda a empresa.
Em uma operação numa máquina para conformação plástica de pratos conhecida como Roller, o índice de perda chegava a 12% considerando-se também as perdas nos processos posteriores devidas a esta operação. Este índice não é surpreendente em nenhuma empresa deste ramo que tenha este tipo de operação em seu processo.
Numa análise feita no processo, concluímos que a maior causa das perdas era a variação na espessura do material extrudado em forma de bolacha que era colocado no Roller para sua conformação. Colocamos uma Carta de Controle nestas máquinas para controlar exclusivamente a variação da espessura da bolacha extrudada, levando o índice de perda para valores abaixo de 2,0%, índice jamais imaginado como possível.
A FJacques – Gestão Através de Ideias Atratoras aplica uma lógica inversa na determinação dos limites de controle, o que acelera sobremaneira a análise da capacidade do processo, lógica esta que foi implantada em grandes empresas inclusive tendo sido testada em uma montadora de veículos.
Implantamos também as Cartas de Controle em empresas de outros ramos como metal-mecânico, elastômeros e até mesmo calçadista, sempre com resultados compensadores.
O Controle Estatístico de Processos tem tudo a ver com a essência da FJacques por tratar de sistemas complexos buscando controlar ou, pelo menos, monitorar as variáveis provocadoras de perdas e prejuízos.