Pode até parecer anacrônico falar sobre o conhecido “American way of life” (jeito americano de viver, em tradução livre).
Talvez fosse mais interessante falar sobre o “Jeito Brasileiro de Viver”. Entretanto, qual é o “Jeito Brasileiro de Viver”? Até agora não descobri. Já ouvi muito sobre o “Jeitinho Brasileiro”.
O “American way of life” sintetiza o direito de cada norte-americano de ser livre, feliz e próspero dependendo exclusivamente de seu esforço pessoal. É o “sonho americano” almejado tanto pelos próprios cidadãos da nação mais poderosa do planeta como pelas grandes levas de imigrantes que se deslocaram para lá em busca de sucesso e fortuna.
Estatisticamente, um trabalhador norte-americano produz cinco vezes mais que um brasileiro. Além disso, enquanto o Brasil ocupa a 56ª posição no ranking da competitividade mundial, os Estados Unidos estão no topo da lista.
Inúmeros são os fatores que diferenciam o desempenho destes dois países mas, nas muitas análises feitas por especialistas que li ou consultei, não encontrei uma só referência ao “jeito” de ser, nem dos americanos e nem dos brasileiros.
Não há no Brasil uma ideia nacional voltada para a produtividade e para o sucesso. No Brasil, o lucro é obsceno. Até nas próprias empresas não é raro encontrar executivos falando contra o lucro. E se falam contra o lucro, o que falarão seus subordinados?
Hoje, nas filas de desempregados no Brasil pode-se constatar a alegria e o alívio daquelas pessoas que conseguem um emprego, mesmo nas funções mais humildes. Mas ninguém lembra que, se conseguiram o emprego, é porque a empresa que os está contratando gerou lucro e precisa continuar gerando lucros para poder gerar novos empregos.
A ideia do “American way of life” aglutina os americanos em torno de um objetivo comum que é a prosperidade pessoal, o que, como consequência, leva à prosperidade das empresas e da própria nação. O “American way of life” é, em outras palavras, uma “Ideia Atratora®” nacional.